domingo, 8 de janeiro de 2012

Conversa de domingo

Em geral quando os pais querem conversar com os filhos, estes relutam bastante, temendo o que pode advir dessa conversa: novas regras, puxão de orelhas, tarefas, mudanças...

Como eu tenho dito, estou aprendendo a ser pai, mas preciso ser o pai que eu não tive para mim mesmo. Quero ser um pai presente, atuante, carinhoso e, sobretudo, protetor da minha filha. Essa proteção tem a ver com cuidado, preocupação, desenvolvimento e zelo.

Pretendo aplicar tudo isso na educação, especialmente, e na saúde também, para que ela tenha um desenvolvimento adequado. A educação será a base de tudo: amor à família, cultura, cidadania, oportunidades, solidariedade, desprendimento, respeito, tolerância, paciência, persistência, entre outros.

Não sei se conseguirei atingir meu objetivo plenamente, mas já estou me esforçando para dar à Isabela condições de enfrentar as dificuldades que virão, assim como os impasses e as frustrações. A infância é a base de tudo, dizem alguns entendedores do assunto. Eu corroboro dessa opinião, pois tive uma infância extremamente feliz e acolhedora, e até hoje esse período é referência em minha vida.

Nesse período se aprende e apreende mais facilmente, geralmente brincando, muitas vezes negociando. Sim, aprendi a negociar ainda muito criança e isso me ajudou muito com uma dificuldade muito pessoal (da qual sofro até hoje) que é a timidez.

Ser pai certamente passa por duas questões importantes: a manifestação de 'ser' pai e o que isso significa, e o diálogo, extremamente necessário de ser estabelecido desde já, para que eu e Isabela possamos criar, juntos, uma relação de afetividade, respeito mútuo e tolerância.

Neste domingo eu e Isabela tivemos a nossa primeira conversa 'oficial'. Durou uns 15 minutos, e foi regada com as lágrimas deste pai babão e deslumbrado com sua filha. Tudo devidamente registrado para sempre em vídeo. Foi uma conversa muito tranqüila. Isabela estava atenta e calma. Estávamos deitados na cama, logo pela manhã, olhando um para o outro. Tínhamos acabado de acordar...

Começamos a conversar e falei sobre o amor que sinto por ela, sobre seus anjos da guarda, sua vovó Leonor e sua irmãzinha Maria Sophia, e o quanto todos eles estão felizes com a chegada dela. Disse a ela que me empenharei ao máximo para fazê-la feliz e que ela não precisa se preocupar com nada. Comentei sobre suas características marcantes: os olhinhos de jabuticaba, a língua de goiaba e as orelhinhas de papel. Trocamos olhares e demos as mãos. Eu lhe fiz muitos carinhos e elogios...

Em alguns momentos eu mesmo reconheço que estava sendo chato, mas que pai não acaba sendo, não é mesmo? Mesmo assim Isabela continuava atenta. É uma de suas características. É preciso reconhecer os sinais e tenho procurado entender isso. Disse a ela que ela é minha Princesinha e falei um pouco mais da vovó Leonor, sua eterna protetora.

Isabela é extremamente inteligente e eu não quis importuná-la além da conta com tanta informação. Na posição mais de ouvinte do que interlocutora com as palavras, ela se mostrou gentil e delicada. Eram assuntos importantes e outros talvez nem tanto. Foi numa uma conversa de domingo que pretendo que se repita por toda nossa convivência...
Isabela curtindo seu primeiro
Natal em família e exibindo
todo o seu charme

Nos despedimos com com beijinho e um tiauzinho.

Isabela, só para você não esquecer jamais: eu te amo!!!!!

Nota: Isabela completou um mês de vida, com muita alegria e saúde, exatamente agora, neste minuto. Viva!