domingo, 25 de dezembro de 2022

Natal

Então é Natal...

O verdadeiro significado permanece intacto

A reflexão é necessária

Não somente hoje, deve ser diária


Nasceu Jesus, o nosso Salvador! 

O céu se coloriu

Brotou a flor

Nasceu o verdadeiro Amor


A realidade, contudo, é de muita dor...

Natal sem cor...

Natal sem árvore...

Natal sem brilhos.

Natal sem filhos!


Afinal, Natal para quê?

E isso tudo, por quê?

Não temos todas as respostas

Só incógnitas...


A Deus só me resta pedir... 

Força para não sucumbir

Coragem para seguir

E que a Sua Mão me segure firme

Para eu não cair...


Dimas dos Santos Quintella, 24/12/2022

domingo, 30 de setembro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Partiu Rio!

O meu ciclo em Macaé terminou. Foi uma valiosa experiência. Trabalhei intensamente e adquiri uma bagagem num mercado altamente competitivo e promissor, que é o de óleo e gás. Contudo, não há tanto glamour assim... Ao contrário, há muito o que se aprender ainda. As dificuldades são igualmente enormes. A competição não é desleal, mas desigual. É um mercado de grandes números, grandes empresas e uma péssima infraestrutura de uma cidade que recebe tantos royalties dessa indústria.

Seja como for, só tenho a agradecer àqueles que acreditaram no meu trabalho e me deram uma oportunidade única numa cidade distante e num mercado que eu não conhecia. Espero ter atendido as expectativas. Esforcei-me ao máximo para realizar meu trabalho de forma a contribuir significativamente com as necessidades e os projetos da empresa em que estive.

Estou partindo de volta para o Rio, onde um novo desafio me espera. Minha família também me espera. Estou voltando para casa! Voltarei a trabalhar na construção civil, outro mercado extremamente promissor e igualmente competitivo. Há um vasto campo a explorar e eu estou nessa mais uma vez. De corpo e alma.

Enfim, é isso aí.  Partiu Rio! Valeu!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Troféu de orgulho

Isabela, se eu sou seu campeão,
você é meu troféu!
Tenho orgulho de ser o papai dessa moça linda que está prestes a completar dois meses de vida. É impressionante como essa 'pessoinha' já transformou a minha vida em tão pouco tempo. 

Talvez a tal felicidade de que tanto falamos e perseguimos o tempo todo se resuma no que estou sentindo: contemplação, tranquilidade, paz, muita reflexão positiva, novos planos para o presente e o futuro, e esperança.

Isabela é a responsável por tudo isso. Primeiro, porque é o exemplo máximo de realização para um ser humano. Ela é derivada de mim, parte de mim, reprodução de mim... Segundo, porque há um propósito divino quando recebemos um presente de Deus como esse. Sou um dos responsáveis, talvez o maior deles, por lhe proporcionar uma vida digna e provê-la de todas as suas necessidades, preparando-a para enfrentar os desafios que virão mais adiante.

O mais curioso é que isso não me amedronta; ao contrário, me fortalece, e muito. Somos forjados por acontecimentos significativos ao longo da vida. São conquistas, perdas, alegrias, tristezas, autoconhecimento, dificuldades, necessidades. O nascimento de Isabela é um desses marcos que me forjaram, indiscutivelmente.

Daqui em diante muitas etapas virão. O aprendizado é constante e dinâmico. Compreender o choro dela é uma das lições mais importantes no momento. É sua forma de comunicação de necessidades: fome, estresse, dor, tédio... Na maioria das vezes o choro requer amor, carinho, atenção e compreensão. Muitas vezes, colo. Outras vezes, remédio, cuidados especiais. A preocupação com o todo é responsabilidade dos pais e tenho consciência disso.

Tudo isso me deixa feliz. Eu trabalho para e por Isabela, para o seu desenvolvimento e seu futuro. Tenho orgulho de tê-la como filha. Considero-me um vencedor, e Isabela é o meu troféu mais importante já conquistado.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Conversa de domingo

Em geral quando os pais querem conversar com os filhos, estes relutam bastante, temendo o que pode advir dessa conversa: novas regras, puxão de orelhas, tarefas, mudanças...

Como eu tenho dito, estou aprendendo a ser pai, mas preciso ser o pai que eu não tive para mim mesmo. Quero ser um pai presente, atuante, carinhoso e, sobretudo, protetor da minha filha. Essa proteção tem a ver com cuidado, preocupação, desenvolvimento e zelo.

Pretendo aplicar tudo isso na educação, especialmente, e na saúde também, para que ela tenha um desenvolvimento adequado. A educação será a base de tudo: amor à família, cultura, cidadania, oportunidades, solidariedade, desprendimento, respeito, tolerância, paciência, persistência, entre outros.

Não sei se conseguirei atingir meu objetivo plenamente, mas já estou me esforçando para dar à Isabela condições de enfrentar as dificuldades que virão, assim como os impasses e as frustrações. A infância é a base de tudo, dizem alguns entendedores do assunto. Eu corroboro dessa opinião, pois tive uma infância extremamente feliz e acolhedora, e até hoje esse período é referência em minha vida.

Nesse período se aprende e apreende mais facilmente, geralmente brincando, muitas vezes negociando. Sim, aprendi a negociar ainda muito criança e isso me ajudou muito com uma dificuldade muito pessoal (da qual sofro até hoje) que é a timidez.

Ser pai certamente passa por duas questões importantes: a manifestação de 'ser' pai e o que isso significa, e o diálogo, extremamente necessário de ser estabelecido desde já, para que eu e Isabela possamos criar, juntos, uma relação de afetividade, respeito mútuo e tolerância.

Neste domingo eu e Isabela tivemos a nossa primeira conversa 'oficial'. Durou uns 15 minutos, e foi regada com as lágrimas deste pai babão e deslumbrado com sua filha. Tudo devidamente registrado para sempre em vídeo. Foi uma conversa muito tranqüila. Isabela estava atenta e calma. Estávamos deitados na cama, logo pela manhã, olhando um para o outro. Tínhamos acabado de acordar...

Começamos a conversar e falei sobre o amor que sinto por ela, sobre seus anjos da guarda, sua vovó Leonor e sua irmãzinha Maria Sophia, e o quanto todos eles estão felizes com a chegada dela. Disse a ela que me empenharei ao máximo para fazê-la feliz e que ela não precisa se preocupar com nada. Comentei sobre suas características marcantes: os olhinhos de jabuticaba, a língua de goiaba e as orelhinhas de papel. Trocamos olhares e demos as mãos. Eu lhe fiz muitos carinhos e elogios...

Em alguns momentos eu mesmo reconheço que estava sendo chato, mas que pai não acaba sendo, não é mesmo? Mesmo assim Isabela continuava atenta. É uma de suas características. É preciso reconhecer os sinais e tenho procurado entender isso. Disse a ela que ela é minha Princesinha e falei um pouco mais da vovó Leonor, sua eterna protetora.

Isabela é extremamente inteligente e eu não quis importuná-la além da conta com tanta informação. Na posição mais de ouvinte do que interlocutora com as palavras, ela se mostrou gentil e delicada. Eram assuntos importantes e outros talvez nem tanto. Foi numa uma conversa de domingo que pretendo que se repita por toda nossa convivência...
Isabela curtindo seu primeiro
Natal em família e exibindo
todo o seu charme

Nos despedimos com com beijinho e um tiauzinho.

Isabela, só para você não esquecer jamais: eu te amo!!!!!

Nota: Isabela completou um mês de vida, com muita alegria e saúde, exatamente agora, neste minuto. Viva!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mazelas cariocas

Apesar de ser carioca desde que nasci, só voltei a morar no Rio de maneira definitiva há 4 anos e meio. Desde então moro em Copacabana, cartão postal da cidade e do país, palco de grandes eventos, cenário de inúmeras mazelas, que traduzem com precisão o que acontece na cidade.

Morando na zona sul é possível perceber que a cidade é muito menos do cidadão do que deveria ser. Sinto muito em dizer isso, mas não estamos preparados sequer para uma convivência pacífica, muito menos para receber visitantes e sediar eventos de grande porte. Triste constatação de um cidadão indignado com a bandalheira diária e a inércia governamental.

No último final de semana me senti profundamente decepcionado mais uma vez. Ao me aproximar do meu carro, estacionado em frente ao prédio onde moro, percebi que o mesmo tinha sido arranhado em toda a extensão de uma das laterais, de ponta a ponta, com gosto... Detalhe: meu carro tem cinco anos e estava completamente imundo! Estava corretamente estacionado no espaço destinado a esse fim, com talão de estacionamento pago. Tudo certo! Exceto para o criminoso que acredita que assim ele se vinga da situação em que se encontra, da falta de oportunidade, do governo, da mulher, dele mesmo, sei lá.

Possivelmente uma das explicações esteja no fato de que a placa do meu carro é de Petrópolis. Então poderia ser um carioca revoltado com alguém que ocupou a vaga do carro dele, ou alguém que simplesmente resolveu sacanear um petropolitano (?). Também pode ser falta de educação, o vandalismo, a covardia, a raiva... Quem pode saber?!

Diante de fatos simples como esse podemos refletir bastante sobre o que a cidade realmente oferece aos cidadãos e seus visitantes. Falta educação, cultura, preparo das pessoas, empenho do governo, limpeza e organização urbana, respeito ao cidadão, falta quase tudo. Poluímos nossas praias e áreas verdes, e loteamos nossos espaços públicos, na maioria das vezes sem que isso traga qualquer benefício.

Para piorar, há os grupos dominantes dessa área nobre da cidade. A indústria hoteleira, que ocupa imensos espaços públicos, especialmente o calçadão próximo à orla, em frente e além de seus estabelecimentos, com estacionamento irregular, principalmente, e outras invenções e extensões. O comércio, especialmente aquele voltado essencialmente para o turismo, que se ocupa igualmente do espaço público com mesas, cadeiras e outros itens que delimitam o espaço destinado à livre circulação do cidadão. Os ambulantes se encarregam de ocupar as calçadas e as praias delimitando e encurralando o cidadão ainda mais.

Infelizmente o problema ainda vai muito mais além. Não há locais apropriados para o estacionamento de ônibus e vans de turismo que, por conta disso, fazem todo o tipo de bandalha para embarcar e desembarcar seus passageiros. Também não há paradas de ônibus regulares e vans ao longo da orla e esses, por sua vez, simplesmente param em qualquer lugar, como e onde querem. É uma guerra!   

Os taxistas merecem um capítulo à parte. É claro que há exceções, mas infelizmente a maioria se aproveita ao máximo do usuário, principalmente daqueles mais desavisados. É vergonhoso! Experimente se passar por turista ou desconhecedor da cidade e faça o teste. Em minha opinião deveria haver uma placa indicativa de perigo nos principais pontos da cidade: "Prezados cidadãos e visitantes, evitem utilizar táxi nesta cidade. Para o seu próprio bem!" 

Há ainda os pedintes, não necessariamente mendigos, mas aqueles que incomodam as pessoas pedindo, oferecendo e ofertando todo tipo de produto ou serviço, quer você queira ou não, quer seja morador ou turista. Não podemos esquecer da prostituição comercializada 24 horas por dia e dos flanelinhas, que agem sem ser incomodados por ninguém. Estacionamento irregular. Comércio irregular. Há também os vagabundos de plantão, que se aproveitam do menor descuido, para realizar outros delitos.

Estes são apenas alguns exemplos do que vemos todos os dias. Indignar-se é o mínimo que podemos fazer.

O que não dá é para ouvir os governantes e oportunistas travestidos de membros de qualquer coisa que tenha a ver com a próxima Copa do Mundo ou as Olimpíadas de 2016 falando do "legado" que tais eventos deixarão para a cidade. Não precisamos de nenhum evento que nos deixe as sobras, mas de um governo que assuma sua responsabilidade com os problemas da cidade, que eduque e prepare seu povo para o futuro e uma convivência respeitosa entre si e com seus visitantes, que promova a saúde, a segurança e a mobilidade urbana, que presenteie seu povo com ações efetivas e não com "conversa prá boi dormir".

O Rio de Janeiro ainda é uma cidade maravilhosa, apesar disso tudo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Lágrimas que regam a alma...

Hoje Isabela está completando 10 dias de vida neste mundo. Está meio inquieta. Apesar de ter dormido relativamente bem à noite, ela acordou agitada. Está no processo mama-dorme-acorda-chora-mama e assim a cada uma ou duas horas...

É a tal adaptação, dirão os mais experientes. De qualquer forma, estamos atentos e amanhã ela irá a sua primeira consulta com a pediatra, onde trataremos mais a fundo de todas as evoluções e reações ocorridas nesses dias.

Num desses momentos de inquietude, tomei Isabela no colo para tentar "acalmá-la" e ver se ela parava de chorar e voltava a dormir. De verdade? Não consegui... Mas consegui algo muito mais sublime. Estava com ela em minhas mãos, olhando fixamente nos olhinhos de jabuticaba dela e ela chorava e parava, chorava e parava, fazia caras e bocas, mexia as mãozinhas, procurava algo que eu não podia dar...

De repente, e não mais que de repente, as lágrimas começaram a escorrer calma e lentamente pelos meus olhos... Eu olhava fixamente para ela dizendo que a amava... "Papai ama você, sabia? Papai ama você!" Disse isso repetidas vezes, muitas vezes... Os olhos embaçaram... Pedi a Paula que registrasse o momento, não que esse já não estivesse eternamente registrado no meu coração e na minha alma... Juntei minhas lágrimas com as dela...

O amor que sinto pela minha filha já mudou a minha vida. Essas lágrimas são de amor, felicidade, satisfação, orgulho... Vaidade também, por que não?